O homem tem tentado desde o início de sua existência
preencher o vazio que o assola. Essas são tentativas
frustradas pelo fato de que fomos criados para o Infinito.
Uns se contentam com as migalhas do mundo, outros
têm a alma em constante debater em seus próprios corpos
ludibriados pelas coisas finitas do mesmo. Essas pessoas sufocam
suas almas uivantes por eternidade.
Uma felicidade utópica escraviza, domina e o deixa do lado
errado onde no meio se encontra um abismo que divide
a alegria eterna da momentânia. Para obter tal alegria
custará a própria vida, será um sacrifício sufocante,
uma perigrinação até a real satisfação.
Muitos fogem do sofrimento, da dor, mas a verdadeira
transcende qualquer estado, momento ou lugar,
consome a alma e a torna completa.
Não faço apologia ao sofrimento, mas que alegria é essa
que só depende dos momentos felizes?
Não sou o melhor pra falar de tal assunto, mas sei que
os melhores cantos dos cisnes são produzidos em sua dor.
Espero nos meus piores momentos também poder cantar
essas canções e assim quem testemunhar o meu canto,
o possa torná-lo como exemplo assim como fiz ao
ver outros cisnes cantarem...
jota.
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